Eu não fazia idéia da importância dos animais na minha vida. Os humanos, eu até imaginava, mas todos os outros para mim eram irrelevantes. Eu até os repelia, e não tinha qualquer vontade de interagir com eles.
Um certo dia, conheci a Belinha; uma cadela que perambulava pela rua, abandonada pelos seus donos que se mudaram da vizinhança; uma graciosa puro-sangue vira-lata.
Ela todos os dias acompanhava um rapaz que estava trabalhando na construção da minha casa na roça. E quando chegava, no começo, eu já a repelia, por não querer a sua presença ali.
Não sabíamos o nome da Belinha; mas como era gordinha e muito graciosa, começamos a chamá-la de Bolinha. E assim ela insistia em ficar por perto. Ali comia os restos de alimentos do pessoal, e a cada dia mais ficava íntima de todos.
Surpreendentemente, fui descobrindo que Bolinha era muito querida. Todos que por ali apareciam, a chamavam pelo nome; e foi aí que descobri que seu nome era Belinha.
A cada dia que se passava, eu e a Belinha ficávamos mais íntimos, e a nossa amizade se fortalecia. Então, comecei a tratá -la de forma mais digna; passei a dar banho nela, comprar ração, e levá-la ao veterinário.
A Belinha, como raro justamente a chamamos, a cada dia nos conquistava e nos dava mais amor. Boa companhia, Belinha era sempre presente. Nos adotou como seus donos, e foi adotada como minha filha.
Em nossa casa, Bolinha foi mãe, e hoje temos também a companhia do seu filho Tom, que também é meu filho; adotado, é claro, mas que é tão amado quanto os naturais.
Com esse evento na minha vida, comecei a nutrir um profundo sentimento de carinho e proteção com os animais. Minha casa é rodeada por micos, gambás, canários, e muitas outras espécies, que ali se alimentam de uma variedade de frutas, e gozam de respeito, amor, carinho. e proteção.
Agora só me resta agradecer a Belinha pela mais importante lição de vida que me deu com o seu amor. E posso garantir que sinto por ela um profundo "amor de cachorro."
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