terça-feira, 3 de julho de 2018

AMOR DE CACHOŔRO

Eu não fazia idéia da importância dos animais na minha vida. Os humanos, eu até imaginava, mas todos os outros para mim eram irrelevantes. Eu até os repelia, e não tinha qualquer vontade de interagir com  eles.

Um certo dia, conheci a Belinha; uma cadela que perambulava pela rua, abandonada pelos seus donos que se mudaram da vizinhança; uma graciosa puro-sangue vira-lata.

Ela todos os dias acompanhava um rapaz que estava trabalhando na construção da minha casa na roça. E quando chegava, no começo, eu já a repelia, por não querer a sua presença ali. 

Não sabíamos o nome da Belinha; mas como era gordinha e muito graciosa, começamos a chamá-la de Bolinha. E assim ela insistia em ficar por perto. Ali comia os restos de alimentos do pessoal, e a cada dia mais ficava íntima de todos. 

Surpreendentemente, fui descobrindo que Bolinha era muito querida. Todos que por ali apareciam, a chamavam pelo nome; e foi aí que descobri que seu nome era Belinha.

A cada dia que se passava, eu e a Belinha ficávamos mais íntimos, e a nossa amizade se fortalecia. Então, comecei a tratá -la de forma mais digna; passei a dar banho nela, comprar ração, e levá-la ao veterinário. 

A Belinha, como raro justamente a chamamos, a cada dia nos conquistava e nos dava mais amor. Boa companhia, Belinha era sempre presente. Nos adotou como seus donos, e foi adotada como minha filha.

Em nossa casa, Bolinha foi mãe, e hoje temos também a companhia do seu filho Tom, que também é meu filho; adotado, é claro, mas que é tão amado quanto os naturais.

Com esse evento na minha vida, comecei a nutrir um profundo sentimento de carinho e proteção com os animais. Minha casa é rodeada por micos, gambás, canários, e muitas outras espécies, que ali se alimentam de uma variedade de frutas, e gozam de respeito, amor, carinho. e proteção.

Agora só me resta agradecer a Belinha pela mais importante lição de vida que me deu com o seu amor. E posso garantir que sinto por ela um profundo "amor de cachorro."

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