O SS vai reeditar a Ave Maria e o Pai Nosso também, ou somente a Constituição Federal?

Em 1988 os brasileiros receberam de presente uma nova Constituição Federal, promulgada no então governo do Presidente da República José Sarney, que ficou definida conceitualmente como a Constituição Cidadã, e que seria a Carta Magna pronta para restabelecer a democracia após um período de vinte e um anos de regime militar, o qual era denominado de; ditadura militar.

A nova constituição então passou a ser tratada como sinônimo de liberdade ampla geral e irrestrita, devendo todo cidadão se curvar aos seus princípios de respeito e dignidade humana e social. Assim, dela receberia toda honra e toda glória por ser um brasileiro fiel e ordeiro.

Os ditames constitucionais eram belíssimos em toda a sua plenitude literária, chegando a provocar golpes de alegria e soluços rasos de emoção, pois naquele momento ser brasileiro era um grande motivo de orgulho, conquanto a Constituição Cidadã resgatava tudo que um simples mortal poderia contemplar para viver em plena harmonia social.

Orgulho em êxtase, as pessoas começaram a receber visitas dos letrados políticos honestos, enquanto não podiam também deixar de ser visitados pelos candidatos apedeutas e presunçosos, pois todos esses tinham um só objetivo, que era cumprir e exigir que fosse cumprida a nova Carta Magna Cidadã.

O Poder Executivo e seus órgãos da administração pública buscavam se ajustar ao novo modelo democrático preconizado na Carta Cidadã. O Poder Legislativo, tecia todos os louros ao novo conceito social editado. E o Poder Judiciário, firme e reto como um prumo de preservação da lei, cumpria e fazia cumprir as linhas desse exemplar modelo normatizador dos regramentos legais, sociais garantidores da ordem e do progresso dessa pátria que tanto nos orgulha.

Mas nos caminhos longos dos trinta e quatro anos de existência, em cinco de outubro do ano de dois mil e vinte e dois, dias sombrios surgiram, e a Carta Cidadã passou para o esquecimento, deixou de ser vista como um modelo exemplar da democracia, e não mais emana a ordem e o respeito para o bem da pátria amada.

Todo conceito de ordem e bons princípios que premiam esse belo exemplar, passou a ser subvertido por ilustres defensores e guardiães da ordem constitucional, levando o provo ao leito do rio das mágoas, dos ressentimentos e da desesperança.

Esse total desprezo pelos princípios constitucionais que hoje estamos vivendo, nasceu dos mesmos que um dia enganaram o povo com um novo conceito de governo e de administração pública, porque o seu objetivo não era dar à esse povo uma vida digna e respeitável; mas sim, uma vida de sujeição à miséria e ao desalento social, para ser escravizado num regime ditatorial.

Mas o Brasil tem em seu dorso um povo cheio de esperança e vontade de ser feliz numa terra bendita por Deus com riquezas grandiosas. E por esse Brasil digno e próspero lutaremos para resgatar o respeito e a dignidade necessária para nos orgulharmos de ser brasileiros, mesmo contrariando pseudos déspotas que se apresentam levantando a bandeira de guardiães da nossa Constituição federal Brasileira, mas na verdade estão investidos do poder da arrogância e da prepotência que lhe foi outorgada pela própria Carta Cidadã.

Estamos assim, esperando que o STF não reedite somente a Constituição Federal, mas também a Ave Maria e o Pai Nosso, para que possamos saber como devemos rezar as novas orações sem ferir a sensibilidade dos divinos Serres Supremos (SS).