A PREVISÃO DA PERVERSÃO
E já dizia o sábio jornalista e escritor de vários textos da dramaturgia brasileira, Nelson Rodrigues, que toda família um dia apodrece.
Naquela época, idos de 1970, essa expressão formulada por Nelson Rodrigues provocou indignação aos mais conservadores, que passaram a vê-lo como um escritor perverso que procurava difamar a família brasileira. Até poderia ser, mas não foi.
É claro, que ele não foi específico quanto a palavra "apodrece", mas pelo óbvio, essa palavra pode ser adequada a tudo o quanto é vulnerabilidade inferior; uma alusão ao que se deteriora por decomposição. E nesse caso, o sentido da sua expressão, era o de decomposição moral.
De lá, para cá, com a evolução social, veio a liberdade de expressão, e junto dessa liberdade de expressão, veio a liberdade de opção. E numa assombrosa explosão de atos contínuos, coisas inusitadas aconteceram, e o conceito moralidade, dignidade, respeito, e honestidade, foi esquecido, desprezado, ou apodreceu no colo da família brasileira.
E assim, hoje vemos que tudo o quanto naquela época era fator de reserva moral, se desmoronou no tempo e no espaço ocupando todos os setores e níveis da sociedade. E como não poderia deixar de ser, atingiu frontalmente o dorso da familia brasileira.
Hoje nos deparamos com shows de sodomia patrocinada por uma das maiores emissoras de TV do país, que exibe beijos gay numa cena de grande comoção familiar, em que a mãe conservadora de um médico, se curva emocionada em admitir a relação homossexual dele, calada com um beijo romântico entre as "bichas", como bem se definiam o seu genro gay.
Enquanto isso assistimos estarrecidos, serem denunciados o ex-ministro Gedel Lima, seu ilustre irmão Deputado Federal, e a ilustre senhora sua mãe, pelo crime dos 51 milhões que foram encontrados pela Polícia Federal num apartamento na Estado da Bahia.
Não foram esses os únicos casos da atualidade, pois dentre muitos, se encontram a família Nardone e a Richtophen, que nos dão a certeza de que a sabia previsão do ilustre escritor e dramaturgo ao escrever o enredo do filme "bonitinha mas ordinária", estrelado por Lucélia Santos e elenco, não era uma perversão.
DanielFigueiredoComunicador
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